Compostos orgânicos e inorgânicos são utilizados para remediar a contaminação de solos afetados pela atividade de mineração

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Área de mineração localizada em Vazante (MG), onde foram colatadas as amostras de solo para o experimento (acervo do pesquisador)
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Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) avaliou a adição de compostos orgânicos e inorgânicos na imobilização de zinco, chumbo e cádmio em um solo contaminado por atividades de mineração.

De autoria de Frederico Prestes Gomes, o trabalho foi orientado pelo professor Luiz Reynaldo Ferraciu Alleoni, do departamento de Ciência do Solo da Esalq. “Áreas de mineração produzem grandes quantidades de resíduos que são fontes de elementos potencialmente tóxicos (EPT), tais como os metais pesados”, explica o pesquisador.

Segundo Frederico, esses EPT podem contaminar o meio ambiente e causar sérias ameaças ao ecossistema e a saúde humana. “A remediação in-situ que consiste na adição de compostos orgânicos e inorgânicos é uma alternativa para redução dos riscos associados a esses poluentes no solo. Esses compostos podem imobilizar os EPT no solo reduzindo assim a sua mobilidade, disponibilidade e consequentemente apresentando menores riscos aos microrganismos, plantas e humanos”, acrescenta.

Os resultados da pesquisa foram promissores, mostrando que alguns dos compostos utilizados foram efetivos em diminuir a disponibilidade desses EPT no solo. “A adição de compostos orgânicos e inorgânicos ao solo pode ser uma alternativa de baixo custo e mais sustentável para remediação de solos contaminados em comparação a outras técnicas que são utilizadas atualmente”, conclui.

A pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e desenvolvida em parceria com pesquisadores da North Carolina State University, nos EUA.

Texto: Caio Albuquerque (20/03/2019)