Agrodestaque entrevista Eduardo Cuoco Léo

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Eduardo Cuoco Léo (Acervo pessoal)
Editoria: 

Trajetória e atuação profissional.

Fui da primeira turma do curso de bacharelado em Gestão Ambiental e me formei em 2006. Posteriormente ingressei no programa de Ecologia Aplicada (Esalq/Cena), obtendo título de mestre em 2014. Desde que me formei, tenho trabalhado na área de Pós-Graduação ambiental. Após um curto período no Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura da cidade de Atibaia, passei em uma seleção pública para trabalhar no Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, uma organização com diversos projetos na área de recursos hídricos. Fiquei no Consórcio até 2010. Durante este período foi criada uma fundação que tinha a finalidade única de ser uma Agência de Bacia hidrográfica na mesma região, a Fundação Agência das Bacias PCJ. Passei então a fazer parte da equipe desta fundação, onde permaneço até hoje.

 

Fale um pouco sobre suas atribuições.

Atualmente desempenho a função de coordenador de sistema de informações na fundação Agência das Bacias PCJ. Compete à minha coordenação manter estruturas para monitoramento em tempo real das condições dos rios e possibilitar serviços envolvendo previsões meteorológicas. Também sou responsável por manter sistemas que tem como finalidade dar suporte a tomadas de decisão. Também conduzimos estudos com a finalidade de produzir relatórios sobre as condições hídricas e somos responsáveis por elaborar os planos de recursos hídricos da região. Considero todas as tarefas importantes pois, antes de qualquer coisa, ajudamos a gerar informações sobre um recurso escasso, que é a água. E ninguém pode gerenciar nada adequadamente sem informações. Também temos uma função muito importante por mantermos o planejamento, propondo ações para o futuro e ordenando os investimentos necessários para promoção da segurança hídrica.

 

Quais os principais desafios desse setor?

O setor de recursos hídricos possui diversas lacunas. Entendo que as mais relevantes se referem ao financiamento do sistema, que fica muito aquém do que seria desejável. Também considero muito relevante a necessidade atrair e desenvolver os profissionais, especialmente na interface com o saneamento básico.

 

Que tipo de profissional esse mercado espera?

Entendo que é muito desejável que tenhamos profissionais com conhecimento técnicos sólidos, mas que sejam capazes de lidar com temas de maneira multidisciplinar. Vejo que são muito relevantes, também, as capacidades relacionadas ao gerenciamento de conflitos.

 

Texto: Letícia Santin | Estagiária de Jornalismo

Revisão: Caio Albuquerque

05/04/2019